domingo, 9 de maio de 2010

Análise da obra III

1. Principais personagens

O pai, a mãe, o filho (personagem-narrador), a filha e o outro filho.

Observação: o fato de os personagens não terem nome reforça a idéia de
que sua caracterização física e psicológica não é colocada em primeiro
plano. O que prevalece é o referencial dos membros de uma família, uma
vez que são identificados por termos como pai, mãe, etc.

2. Fatos principais

* O pai mandou fazer uma canoa.
* Disse adeus aos familiares e saiu reio afora.
* O pai percorria o rio em ponto eqüidistante das
margens, indo e voltando pelas águas, mas sem sair daquele espaço
próximo à sua casa.
* Parentes, amigos e conhecidos reuniram-se para
tentar entender aquela atitude, fazendo cogitações sobre os possíveis
motivos que o levaram a agir assim.
* O filho mais velho levava para a beira do rio um pouco de comida que pegava escondido.
* A mãe mandou chamar seu irmão para ajudar na fazenda e nos negócios.
* O tempo ia passando e o pai continua no seu percurso de ir e vir, sem aproximar-se das margens.
* A filha casou-se , teve um menino e quis mostrá-lo
ao pai dela, levando-o para a beira do rio e esperando juntamente os
outros familiares.
* A família chamou e esperou; o pai não apareceu e todos choraram.
* A filha mudou-se com o marido e o filho.
* O irmão mais novo resolveu ir para a cidade.
* A mãe, envelhecida, foi residir com a filha.
* O filho envelhecera e sofria os primeiros problemas da velhice.
* O filho foi para a beira do rio e acenou com um lenço.
* Avistou o pai e chamou por ele, propondo tomar o seu lgar na canoa.
* O pai ouviu, ficou de pé e fez um aceno, concordando.
* Ele fez a canoa rumar para o local onde estava o filho.
* Quando o filho viu o pai se aproximar, apavorou-se e correu dali.
* O filho adoeceu.

3. Clímax


O clímax do conto concentra toda a carga emocional que vai se
acumulando ao longo da narrativa; é o momento que o pai, depois de
tantos e tantos anos, faz um aceno para o filho quando ele se propõe a
tomar seu lugar na canoa. Durante toda a história, todos esperavam
qualquer comunicação com o pai, o que nunca ocorreu até esse momento
específico da seqüência narrativa.




4. O desfecho

O desfecho é profundamente triste: o filho corre do pai e,
conseqüentemente, dos sofrimentos que teria de passar, caso tomasse seu
lugar na canoa. Essa atitude traz ao personagem um sentimento de culpa
e de completo fracasso. Resta-lhe somente a experiência da morte
iminente.



Sinopse

Um homem de meia-idade deixa sua familia e amigos para viver isolado em uma canoa no meio de um rio, na região central do Brasil, e jamais volta a pisar em terra firme. Seu único contato com as pessoas acontece através de seu filho Liojorge, que lhe deixa comida na margem do rio. Os anos se passam e a filha Rosário casa com um rapaz da região e vai morar na cidade. O filho também casa, mas decide permanecer com a mãe e continuar levando diariamente a comida para o pai invisível. Quando nasce Nhinhinha, a filha de Liojorge, e que tem poderes mágicos, o rapaz resolve levá-la até a beira do rio para apresentá-la ao pai.

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