domingo, 9 de maio de 2010

Pela ótica do filho

Desde quando avistei aquela canoa sendo construída, algo me apertou o coração.
Algo dentro de mim disse que o pai partiria. Sua ausencia, fez de meus dias uma
tristeza tamanha, mas sempre com a esperança de que um dia ele ia de voltar.
O pai nos abandonou. Tornei-me o homem que sou hoje com ajuda da vida. E agora
sou como ele, meu pai. Da maneira como ele se foi, eu também fui, seguir os passos
de meu pai era meu grande desejo. Só não era maior do que a vontade de reencontra-lo
em algum lugar para onde o rio o tenha levado. E as mesmas correntesas que o levaram
para longe de mim, me conduzam ao seu encontro.

Amanda Santana

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