domingo, 9 de maio de 2010

Ótica do pai

POEMA 1:
Gotas espalhadas pelo meu corpo
Calada, a companhia das águas do imenso mar
As profundezas das lembranças
Lavam os espaços perdidos entre minhas mãos
Que seguram os reflexos de um velho espelho
Refletindo meu ser despedaçado posto a se configurar

O rio do mundo com olhos cúmplices
Avisa o redemoinho na esquina navegada
Pedindo força nos braços hora calejados
Que dita num som distante
Que não se pode ter medo do mar
Posto que ele sou eu pronta a navegar.

POEMA 2:
Imenso mar
Que espelha o profundo das coisas do mundo
Que no seu fundo guarda quereres antigos
Sua água nem tempestade nem calmaria
tinha gosto do prazer suado
e do amor impossível
Mas dizia-se feliz
feliz e imensamente só
Dizia morrer sempre nas noites escuras
até que alguma Lua estendia-lhe a mão
Mas querendo brilhar
avistava um Sol e se oferecia a navegar.

POEMINHA 3:
Ah Mar, que de tão grande não me sai do corpo
e mostra que a cada dia de sol
o que me resta são tuas gotas de sal.

Nayane Muniz.

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