domingo, 9 de maio de 2010

Visão da loucura: Verdade ou loucura?

O que você é? Quem você é? Pra que você é?
Quão louco nos somos diante dessa total normalidade? Normalidade de um mundo louco, que esconde em seus padrões de perfeição a despresível hipocrisia de toda essa perfeição.
E mais uma vez. Pra quê?
Ah! Você se choca com a minha verdade?
E por que não se choca com suas próprias mentiras, que escondem a sua verdade?
A sua, não tão mais bonita, nem mais feia, não mais admirável, nem menos vergonhosa, que a minha verdade.
Que porra de senso comum?
Onde tá esse senso comum, se a verdade hoje em dia é tão incomum?
É meus queridos! A verdade é como um rio; guarda mistérios, lendas e algumas poucas verdades (provadas cientificamente). Porque só assim acreditamos. Não é verdade?
Mas, e nós? Como fazemos, se e a gente não vem com selo do IMETRO?
A gente acaba, na vontade, na ânsia, na carência, acreditando em qualquer coisa. Eu, pelo menos, sou assim.
Sabe que eu acho que é por isso que muitas pessoas preferem ficar sozinhas?
Até porque só quando estamos sozinhos é que somos verdadeiramente nós mesmos.
Eu, às vezes, tenho vontade de renunciar um monte desses hábitos culturais; ser um pouco mais animal, que é o que somos. Acho que dessa forma seríamos mais verdadeiros, mais naturais.
Às vezes, não sei mais nem o que seria a verdade, que até chego a pensar que a mentira é uma forma de verdade.
Que loucura, não?
Mas todos nós temos um grau de insensatez, ás vezes, o quanto nos convêm. Graças a Deus que temos!
Porque só a loucura desafia as regras estabelecidas pelo senso comum. Só o louco ousa, desafia o perigo e o desconhecido.
O mundo tá precisando de loucos, de loucos mais conscientes do que esse “bando de normais” que vemos por aí.
E por favor, não vamos fracassar diante de nossa covardia, diante do nosso medo da vida. Não vamos calar o q precisa ser dito, nem vamos deixar de viver o que essencialmente precisa ser vivido.
Só existindo com liberdade podemos curar e suplantar a dor que vida nos impõem.

Aldo Pessoa de Figueiredo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário